quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tempo, passa.

O que mais dói agora é perceber que o desejo era apenas ilusão.
Que a importância que tudo isso tinha, não significava nada perto de você.
Passatempo.
Não há o que se queixar, foram memoráveis sensações.
Mas explique isso a mim, com uma lágrima deslizando pela face.
Não, não explique. Já sei.

O timbre da voz não é o mesmo.
Muito menos as feições que carrego no rosto.
Está tudo vazio em minha mente agora.
Mas só por hoje, não mais que isso.
Tempo, passa.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

'Até logo..'

Fique aqui, ou vá de uma vez.
O que mais tornava tudo mais fácil era a simplicidade criada sobre tanta coisa; Pouco tempo.
Tempo que não se media, não se podia, e atrevo-me a dizer que nem querer se queria. Curtia-se.
Não existia um amanhã. Apenas um 'até logo'. Um logo não distante; Era contagiante como se tinha quase tudo, intenso e rápido.

Foi como um vício e sinto-me em total abstinência. Faltam doses, precisariam me repor ainda mais. E mesmo  não sendo à tua dose, reponho-me com outras. Não me entreguei. Sempre soube onde meus passos me levariam; Ainda estou caminhando... basta saber o que vou encontrar agora nesta próxima dose.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Incontrolávelmente

A única verdade dita é a que não consigo dizer.
Aquela onde sei exatamente os propósitos, Onde minha própria coragem estabelece contato, mas não ainda com exatidão;

Entre o respiro ofegante, A melodia, e o pensar; Fico à espera.
Agora sem pressa,
Com vontade
Incontrolávelmente
Não me peça palavras, quanto mais sentidos.
Vou indo... de cabeça fresca; Corpo levemente suave, palavras travadas na garganta.
Não penso em cair, nem se estou em pleno vôo.
Não há nada que me faça pensar, não agora.
Não como antes.
Bom ou ruim, tanto faz.
De querer em querer não há como parar; E nem quero.
O sorrir acaba de começar...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pequenina..

Não quero lidar com meios caminhos;
Quero trajetos, destinos;
Rumos distintos.
Caminhar e seguir sem pensar.
E ter no que me confortar.
E sinto-me perdida quando sou atraída,
Tal força desconhecida,
Que segura os medos,
Pressiona a vontade.
Confunde os conceitos,
Atribui à verdade.

Nota-se a aproximação que é tomada,
O quanto me entrego a cada olhar.
Perco-me em seguida; não demore a me achar.
Teu suspiro já é o bastante; Eu irei, vou voltar.
Mergulhei em uma paixoneta,
Pequenina.. literalmente intensa.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mera ilusão

Eram como ruas vazias,
Um só caminho;
Não perdido, mas, sem direção.
Confuso, estranho;
E o querer aumentava sem pedir.

Era como uma música,
Aquela preferida;
Que se repetia e repetia.
Fazendo-me não está ali.

Era alguém como você,
Eu via mesmo sem crer.
Não corri, não gritei; Parei.
Não tinha pernas, quando menos chão.
Não tinha pensamento, imagine reação.
Fechei os olhos e pude suspirar,
E notei o quanto uma música faz viajar.
Mera ilusão.
Continuei a caminhar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mergulho


A culpa é tua,
Teu semblante que surge à mente;
Tuas palavras que me devoram aos poucos.
Ansiedade, uma confusão de sentidos.
Tremor de um mergulho, de cair e não voltar.

Mas preciso voar,
Uma troca de lugar.
Imagine um perigo,
Um sorriso,
Quase um vício.
Minha culpa imaginar..


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Trajetos despercebidos

Sejamos um, ou dois. Que Sá três até.
Sejamos perto, colante, juntinho, não distante.
Só para vê como é.
Uma viagem constante, fingida ou a pé.
No vale de meus sorrisos,
Trajetos despercebidos.
A esperança juntou-se com a fé.
Corra, e o vento, me abrace.
Sinto-me perto do que não é.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Me acorde

Não estou interessada, não busco interesse algum.
Há uma calmaria tão grande que me perturba aos poucos, incomoda aos montes.
E o pior de tudo, é o meu bem. Sinto-me bem, não nego. Vivo.
Uma parte recolhe-se, enquanto a outra transborda espontaneamente.
Há uma linha muito fina entre os dois.
Outros alegam erradamente.
Há tanto de mim por aí,
E tanto a descobrir por vir.
Me acorde quando chegar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um ritmo


Lastimáveis sonhos,
Perco-me, logo me acho. Acordo.
Caminhos longos, exaustivos a minha alma.
Melodia é a base, o ritmo a seguir.
Cansei de falar de amor, mas, não de amar.
Fecharei os olhos, me deixe voar.
Guiarei, e vou encontrar.
Encontrar o que penso saber.
Ou aniquilar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Duas rodas


Não há destino. Nem planos.
Um sair por aí, uma volta.
Outra vibe, necessidade.
Duas rodas, bons olhares, palpites e sons.
A boa música é aquela que te faz viajar,
te levando aonde se quer chegar. São minutos, raros e bons.
Por azar ou sorte carrego comigo diversas passagens para tais lugares
em um equipamento eletrônico.
Posso mudar o tempo, as estações, meus amores, os valores
 crescem desejos, de vontades incontroláveis.
Mesmo com o cansaço, sigo pelos cantos da estrada.
 No final de tudo eu volto. Realidade.

sábado, 7 de agosto de 2010

Repertório


Parece que me atrai esse tempo;
Outras vezes estou à procura do parecido.
Calmaria, céu nublado, música ao fundo, pés sobre o sofá.
Repertório repetitivo, onde sei exatamente a ordem; Cismando na repetição.
O francês ecoa pela sala; em meus gritos devidamente desafinados,
continuo a cantar.
Pobre de mim, mas algo me diz que estou bem assim.